BIOGRAFIA DE ANTONIO SALES - POETA

10/06/2011 17:50

 

BIOGRAFIA DO POETA ANTONIO SALES

 

ANTÔNIO SALES nasceu em 13 de junho de 1868, no vilarejo praiano Parazinho, do município de Paracuru. Muito jovem, veio para Fortaleza, onde trabalhou no comercio e depois na administração pública estadual. Foi Secretário do Interior e Justiça do Governo do Coronel Bezerril Fontenele e Deputado à Assembléia Legislativa do Estado (1893-1896). Transferindo-se para a Capital Federal, ali ocupou importantes funções no Thesouro Nacional, tendo a esse tempo militado na imprensa do Rio, onde publicou, em folhetins, o seu belo romance AVES DE ARRIBAÇÃO (em volume, 1914). Privou da amizade das mais altas figuras intelectuais, como Joaquim Nabuco, Machado de Assis, João Ribeiro e muitos outros. Regressando ao Ceará, após vinte anos de ausência, passou a residir em Fortaleza, de onde, por unânime concenso, dirigia a vida literária cearense, como Presidente efetivo e depois Presidente de Honra da Academia Cearense de Letras. Faleceu em 14 de novembro de 1940. Como poeta, revelou-se um lírico de vastos recursos, já escrevendo sonetos, como “Pesca de Pérola”, já produzindo redondilhas originais e sonoras, que ficaram na memória de todos. No gênero difícil da trova, ombreou-se com seus mais distinguidos cultores em nosso país. Mostrou-se também um humorista, sendo satírico, de primeira ordem. Como prosador manejava com destresa e brilho a língua vernácula. Com as suas FÁBULAS BRASILEIRAS, deu também, apreciável contribuição à literatura infantil. Ensaísta e crítico deixou inúmeros trabalhos sob a guarda daquela que lhe foi esposa por mais de oito lustros. Figura de proa do movimento intelectual do Norte, com projeção decisiva na literatura nacional, Antônio Salles foi uma das glórias do patrimônio espiritual do Ceará. Fundador e elemento central da Padaria Espiritual, da qual era Padeiro-mor, com o “nome de guerra” – Moacir Jurema. Era filho de Miguel Ferreira Salles e Delfina de Pontes Salles.

 

Publicou, além dos livros citados: VERSOS DIVERSOS, 1890; TROVAS DO NORTE, 1895; POESIAS, 1900; MINHA TERRA, 1919, sua obra poética; ÁGUAS PASSADAS, 1944, edição póstuma, dirigida por Faustino Nascimento – todos de poesia. Em prosa: RETRATOS E LEMBRANÇAS (reminiscências literárias, 1938). Para o teatro escreveu: A POLÍTICA É A MESMA (em colaboração com Alfredo Peixoto, 1891) e O MATAPAU (comédia em três atos). É autor de inúmeros pensamentos, profundamente conceituosos.

 

Por: Lúcio Damasceno Barroso – Historiador

 

Obs.: O texto encontra-se no português usado na época.

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