Agência S & P eleva classisficação de risco do Brasil

18/11/2011 07:18

 

 

A Standard & Poor's Ratings Services informou nesta quinta-feira que elevou a classificação de risco soberano de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB. O risco de longo prazo da moeda também melhorou, passando de BBB+ para A. A agência também reafirmou os ratings de curto prazo para país de A-3 para moeda estrangeira e A-2 para a moeda local. A perspectiva do país é estável.

Neste nível, o Brasil mantém o chamado "grau de investimento", conquistado em abril de 2008, quando a  nota de crédito para moeda estrangeira subiu de BB+ para BBB- com perspectiva estável. Com esta nova nota, o país entrou no grupo de nações consideradas mais seguras para investir, com pouca probabilidade de inadimplência. Isso significa que o Brasil passa a ser visto como de baixo risco para aplicações financeiras de estrangeiros.

Em agosto deste ano, a S&P já havia elevado a perspectiva da nota soberana do Brasil em moeda local de estável para positiva. A perspectiva em moeda estrangeira havia sido elevada para positiva em 23 de maio. Segundo a agência, a elevação refletia as alterações adotadas em sua metodologia de avaliação de ratings soberanos, adotadas a partir de 30 de junho.

A mudança na perspectiva da nota representava o primeiro passo antes de uma elevação efetiva do rating. A agência afirmou em agosto que a perspectiva positiva considera que os fatores que garantem a estabilidade macroeconômica do país continuarão se fortalecendo nos próximos anos, com redução gradual das limitações fiscais e do risco a choques externos.

Outras duas agências de risco já melhoraram a nota brasileira. A Fitch elevou a nota do Brasil para "BBB" no início de abril, também segundo degrau dentro da classificação de "grau de investimento." A Moody's também fez o mesmo movimento em junho, ao elevar a nota brasileira de "Baa3" para "Baa2".

Compromisso fiscal

Segundo a Standard and Poor´s, em comentário sobre a elevação da nota brasileira nesta quinta-feira, a administração da presidenta Dilma Rousseff demonstrou seu compromisso com metas fiscais, alargando o escopo para usar os instrumentos de política monetária para influenciar a economia doméstica.

"Esperamos que o governo busque políticas monetária e fiscal cautelosas, combinadas com o resiliente crescimento econômico do país, possa moderar o impacto de choques externos potenciais e sustentar boas perspectivas paaa o crescimento de longo prazo", disse a agência em comunicado.

A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.

A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado "grau de investimento". Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação. Parte deles é mais exigente, aplicando apenas em países que são considerados "grau de investimento" por ao menos duas das três grandes agências.

FONTE: IG/ECONOMIA/VALOR  (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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