Bovespa fecha em alta após três quedas seguidas
06/10/2011 05:17A Bolsa de Valores de São Paulo começou a quarta-feira em alta, mas logo passou a mostrar instabilidade. Na última hora de pregão, o Ibovespa voltou aos ganhos. Para analistas, essa volatilidade no mercado de ações brasileiro é natural uma vez que há muitas incertezas relacionadas ao cenário externo.
Por um lado, existe um bom humor no exterior com a indicação dos países europeus de que estão se coordenando para enfrentar a crise da dívida da região. Além disso, mostram que estão atentos à necessidade de recapitalizar os bancos. Por outro lado, ainda não há ações concretas. Nesta quarta, dados positivos da economia norte-americana também pesaram positivamente.
Depois de oscilar no patamar dos 50 mil pontos, o Ibovespa terminou o dia em alta de 0,65%, cotado em 51.013 pontos. A alta foi limitada pela baixa das ações da Petrobras, enquanto os papeis da Vale faziam peso no sentido oposto. No mês, o índice acumula perda de 2,50% e, no ano, de 26,39%.
Os papéis preferenciais da Petrobras tiveram desvalorização de cerca de 1,5% e foram responsáveis por quase 7% do volume negociado na bolsa brasileira. Enquanto isso, as ações da Vale subiram cerca de 2% e corresponderam por cerca de 13% dos negócios.
No exterior, os principais índices dos EUA e as bolsas europeias também fecharam em alta.
No mercado cambial, o dólar fechou em queda de 1,98%, cotado em R$ 1,831, com um maior no apetite por risco e a percepção do mercado de que o Banco Central (BC) deve intervir no câmbio sempre que considerar necessário.
"As bolsas continuam com volatilidade, o que é natural, uma vez que nada ainda se resolveu na Europa. Após o banco Dexia ter afirmado que não sobreviverá à crise, acendeu-se uma luz de que é preciso capitalizar os bancos da região. Mas, por enquanto, a Europa segue sem ações, pois falta uma liderança clara para resolver os problemas", diz Pedro Galdi, analista-chefe da Corretora SLW.
Ontem, o Ibovespa terminou em leve baixa de 0,21%, depois de ter operado com fortes baixas durante o dia. Os investidores se animaram no fim do dia para comprar ações que tinham sido penalizadas em pregões anteriores, após a melhora do clima internacional com as primeiras notícias de uma ação coordenada na Europa. Mais cedo, especulações de que o franco-belga Dexia poderia declarar falência havia alimentado preocupações com o sistema bancário europeu.
O rebaixamento da nota da Itália pela agência Moody´s, na última noite, não afetou os mercados. A agência considerou que o país terá mais dificuldade para conseguir empréstimos de longo prazo e diminuiu seu rating. Além disso, atribuiu uma perspectiva negativa à nota italiana, o que significa que poderá rebaixar o país novamente.
As bolsas europeias fecharam em alta, após três dias de perdas.
Nos EUA, as bolsas, depois de um dia em banho-maria, acentuaram a alta e fecharam com ganhos acima de 1%. O Dow Jones subiu 1,21%, o S&P avançou 1,79%, e o Nasdaq ganhou 2,32%, com os investidores reagindo aos indicadores econômicos do país e acompanhando notícias da Europa.
A ADP, empresa que processa folha de pagamentos, divulgou que o setor privado americano adicionou 91 mil empregos em setembro, acima do esperado.
Além disso, o Institute for Supply Management (ISM) mostrou uma leve alteração na atividade de
serviços nos Estados Unidos. O indicador que mede o desempenho do setor saiu de 53,3% em agosto para 53% um mês depois, ainda assim acima da marca de 50%, que expressa crescimento.
Na Ásia, o otimismo não chegou a tempo e as bolsas fecharam em baixa. O que pesou foi a instabilidade da cotação do euro e o corte no rating da dívida soberana da Itália.
FONTE: IG/ECONOMIA (CLIQUE AQUI para redirecionar)
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