Brasil quer ajuda dos vizinhos para a Jornada

23/05/2013 08:56

 

Rio - Com a expectativa de reunir cerca de 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pode ser a porta de entrada para muitos imigrantes ilegais, além de drogas e armas. Preocupada com a multidão que virá ao Rio em julho para acompanhar a visita do Papa Francisco, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, em Brasília, quer que os países que fazem fronteira com o Brasil ajudem na segurança do evento católico.

Presidente da comissão, o deputado federal Otávio Leite (PSDB) vai encaminhar até amanhã um requerimento para o Ministério das Relações Exteriores solicitando que o órgão faça oficialmente o pedido de apoio das Forças Armadas dos países que fazem fronteira com o Brasil. O assunto foi debatido numa reunião em Brasília, que contou com representantes de segurança, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, e autoridades.

“Teremos um fluxo além do normal de pessoas. E algumas delas podem aproveitar o momento para se estabelecer de forma irregular no país. Além disso, temos questões como terrorismo, armamento e drogas. Sei que existe um esforço coletivo neste sentido, com atuações importantes que vão do Exército até a Guarda Municipal, mas a fronteira merece um atenção especial ”, afirmou o parlamentar, que participou do encontro.

O Brasil, de fato, tem alguns motivos para se preocupar. Serão pelo menos 21 mil ônibus chegando à cidade do Rio. Muitos deles estarão vindos de outros países, como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Teme-se que, com a frota extensa de veículos, a fiscalização acabe prejudicada com argumento de que não ocorreu — ou foi parcialmente executada — para não afetar a mobilidade do trânsito da capital.

“Penso que essa iniciativa com a mobilização das fronteiras deve ser levada também para o evento da Copa e das Olimpíadas. A Jornada seria um teste para isso”, afirmou o deputado.

Mais dois tanques antimísseis saem do Porto do Rio

Mais dois tanques alemães Gepard, de artilharia antiaérea, dos dez que chegaram ao Rio, foram transportados do Porto do Rio para o Parque Regional de Manutenção do Exército, em Magalhães Bastos, na madrugada de ontem. Os veículos serão usados na abertura e encerramento da Copa das Confederações.

Cerca de 50 homens, entre batedores de motos e soldados da Polícia do Exército, saíram em comboio pela Av. Brasil, pouco depois das 2h30, escoltando os dois tanques pela pista central. Dois veículos já haviam sido levados na segunda e na terça-feira.

Entre os dias 2 e 7 de junho, no Centro de Avaliação do Exécito, na Restinga da Marambaia, em Barra de Guaratiba, ocorrerão os testes de tiro técnico. Quatro tanques seguirão para Brasília, onde ocorrerá a abertura da Copa das Confederações, dia 15 de junho.

RASTREADORES DE RADIOATIVIDADE JÁ ESTÃO NO RIO

Já chegaram ao Rio 700 quilos de equipamentos para rastrear radiação nos grandes eventos. Eles vieram do Departamento de Energia dos EUA. Semana que vem, vai chegar material de Viena, na Áustria, enviado pela Agência Internacional de Energia Nuclear. O primeiro uso será na Copa das Confederações, seguido pela Jornada Mundial da Juventude.

A sensibilidade de alguns dos rastreadores é tão grande que é possível, por exemplo, detectar radiação numa pessoa que fez algum exame clínico de medicina nuclear.

“Mesmo após um dia do exame, conseguimos identificar radição na pessoa. Isso aconteceu nos jogos Pan-Americanos (em 2007, no Rio). A necessidade desses equipamentos é que, depois do 11 de setembro, tudo é possível. A partir daí, o mundo passou a ter essa preocupação. Em todos os grandes eventos tem sido feito este tipo de trabalho”, afirmou o diretor de radioproteção e segurança nuclear do centro nacional Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen),Ivan Salati. Ele disse ainda que a devolução dos equipamentos só será feita depois da realização dos Jogos Paraolímpicos, em 2016.

Um contingente de 150 técnicos e engenheiros está mobilizado para atuar na detecção de risco nuclear. Na Copa das Confederações, serão 150. Para a JMJ, esse número deve reduzir um pouco. Um dos modelos de rastreador permite que ele seja acoplado em carros e helicópteros. Assim, a varredura pode ocorrer em áreas maiores.

O empréstimo dos equipamentos é considerado essencial para os eventos no país, já que o que a Cnem tem disponível permite apenas atender uma ou duas cidades, simultaneamente.

FONTE: IG/O DIA/RIO (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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