China, Japão e europeias na disputa pela área de Libra

20/09/2013 08:21

 

Três estatais chinesas, uma norueguesa, quatro empresas privadas europeias e uma japonesa, além da Petrobras, devem figurar na lista das petroleiras que vão competir no primeiro leilão do pré-sal, no qual será oferecida a área de Libra. A expectativa do mercado é que as concorrentes se juntem em dois consórcios, que disputarão o direito de ser sócios da Petrobras na exploração da área, a maior descoberta de petróleo do Brasil, com reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

O prazo para pagamento da taxa de participação do leilão terminou na quarta-feira, mas a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deixou para divulgar apenas hoje as empresas inscritas. Na terça-feira, a agência havia informado que 18 petroleiras compraram o pacote de dados de Libra, sendo que 11 delas já haviam pago a taxa de participação para a disputa, marcada para 21 de outubro.

Segundo fonte próxima ao órgão regulador, entre as empresas que tiveram acesso aos dados estão as chinesas Sinopec, CNOOC e Sinochem; a japonesa Mitsui; a norueguesa Statoil; a francesa Total; a espanhola Repsol; a portuguesa Galp; e a britânica BG. As três últimas são sócias da Petrobras em importantes projetos do pré-sal já em operação, como os campos de Lula e Sapinhoá, na Bacia de Santos. Ainda não há confirmação sobre a participação de empresas norte-americanas.

A inscrição para o leilão, no entanto, não significa que todas farão lances. "Todos que têm interesse no pré-sal compraram os dados, até para ampliar seus conhecimentos", disse um executivo de uma das empresas inscritas. "Mas as estratégias para participação só começam a ser definidas após a divulgação de todos as empresas participantes", completou.

A expectativa do mercado é que sejam formados dois consórcios para disputar fatia de 70% do projeto - por lei, a Petrobras tem um mínimo de 30%. As chinesas devem entrar com Galp e Repsol, dais quais são sócias em operações brasileiras, incluindo no pré-sal. Já a japonesa Mitsui deve se juntar às demais europeias. Se ampliar sua participação para além dos 30%, a Petrobras tende a acompanhar o primeiro grupo. Nesse caso, a estatal deve ser "carregada" pelos sócios - procedimento comum no setor de petróleo, no qual os parceiros fazem os investimentos iniciais e são pagos após o início da produção.

Outra fonte do setor avalia que, com um lance inicial de R$ 15 bilhões, o leilão é mais atrativo para as empresas asiáticas, que têm a missão de garantir o suprimento de energia para seus países. "A empresa que busca o lucro não tem interesse em gastar, no mínimo, R$ 2 bilhões antecipadamente", comenta. Os consórcios formados por até cinco empresas. Além disso, um executivo de petroleira europeia lembra que, do ponto de vista político, a participação agressiva de grupos privados pode ser entendida como um aval ao modelo de partilha implantado pelo governo, em que vence o leilão o consórcio que se compromete a entregar mais óleo à União.

FONTE: IG/BRASIL ECONÔMICO/EMPRESAS (CLIQUE AQUI para redirecionar)

Voltar

Pesquisar no site

© 2011 Todos os direitos reservados. OBJETIVA AUDIO