Corpo de jovem morta em Portugal chega ao Brasil; enterro será domingo

20/11/2011 06:22

 

O corpo da universitária Thaís Caroline Gonçalves, 22, morta no domingo passado (13) em um hospital de Braga, Portugal, chegou por volta das 19h30 deste sábado (19) no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). A mãe da estudante veio no mesmo voo e segue para a cidade de Ouro Fino, terra natal da estudante, localizada no sul de Minas Gerais, onde deverá chegar no final da noite.

O caixão com os restos mortais da mineira será levado à cidade assim que os trâmites de liberação forem cumpridos. A previsão é de que a funerária contratada para o traslado chegue com o corpo ao município na madrugada deste domingo (20).

Conforme Maria Aparecida Gonçalves Pereira, prima da universitária que mora em Ouro Fino, a mãe de Thaís está sendo levada por representantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), onde a filha cursava relações internacionais na unidade de Franca (400 km de São Paulo). A instituição de ensino intermediou o intercâmbio que Thaís Gonçalves fazia na universidade do Minho, em Braga.

“A mãe dela está na companhia de uma assistente social e de uma psicóloga porque o estado dela é péssimo. A Thaís era filha única”, revelou Maria Aparecida. A parente informou que haverá uma missa de corpo presente às 13h e o enterro está programado para ser feito às 16h.

Eduardo Celino, outro primo da jovem, e que foi a Portugal para apoiar a mãe de Thaís, revelou ao UOL Notícias ter conversado nesta sexta-feira (18) com colegas dela, na Universidade do Minho, em Braga. Ele afirmou ter ouvido deles que a estudante estava "muito triste" e com "muita saudade de casa". A percepção quanto ao estado emocional dela teria sido feita dias antes de sua morte.

“Foi um encontro muito emocionante e difícil. Eles me disseram que ela estava muito triste e contando as horas para retornar ao Brasil. Ela dizia a eles que estava com muita saudade de casa. Mas os colegas dela não notaram nada de anormal, além da tristeza externada por ela”, relevou.

A universitária estava com retorno programado para o Brasil no domingo passado, dia em que foi anunciada a morte à família. Segundo a assessoria da Unesp, as despesas da viagem da mãe da universitária para Portugal foram custeadas pela universidade brasileira. Em nota, a assessoria informa que “está concedendo apoio integral à família”.

Assassinato descartado

A autópsia no corpo de Thaís, realizada na tarde da última quinta-feira (17), descartou a hipótese de homicídio. Mantêm-se como causa provável a morte natural ou o suicídio.

Segundo informações divulgadas pela comunicação social portuguesa, os exames preliminares ao corpo da estudante resultaram inconclusivos, havendo apenas a certeza de que não se tratou de um homicídio.

As autoridades admitem como possível que uma reação a medicamentos possa ter sido a causa. A jovem pode ter ingerido algum medicamento que, conjugado com a medicação administrada pelo hospital, tenha provocado uma reação que culminou na morte.

Apenas exames complementares (toxicológicos) poderão determinar com exatidão as razões da morte de Thaís, uma vez que são necessários vários exames em diferentes órgãos do corpo.

Segundo Eduardo Celino, caso não fique convencida do que causou a morte da estudante, a família pretende pedir a revisão do procedimento e da documentação no Brasil.

“Caso não nos satisfaça, a gente vai pedir alguma coisa adicional. O que a gente pode fazer é pedir uma revisão da documentação, referente à autópsia feita em Portugal, para averiguar a possibilidade de algum exame ser refeito ou ser adicionado”, disse em referência ao fato de considerar remota a chance de uma segunda autópsia ser feita no Brasil.

O caso

De acordo com familiares, a jovem foi internada na unidade hospitalar de Braga no sábado (12), mas o motivo da internação não havia sido informado aos parentes.

“Disseram apenas a uma prima minha que ela estava muito agitada, mas que o estado de saúde dela era bom. Essa prima ligou mais tarde para o hospital e foi informada que ela estava bem e teria alta no outro dia”, disse Maria Aparecida Gonçalves Pereira, prima de Thaís que mora em Minas Gerais.

Ainda segundo Maria Aparecida, a família foi surpreendida no dia seguinte com a notícia da morte da universitária, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. “Para a família foi um baque. Ninguém se conforma porque ela era muito saudável. É um mistério para nós, já que fomos informados que ela estava bem e, de uma hora para outra, ela morre. Nós exigimos uma explicação sobre o que aconteceu”.

A prima afirma ainda que Thaís não tinha histórico de alergia a medicamentos nem era depressiva --problema que chegou a ser atribuído à jovem, com base em comentários de amigos da estudante.

FONTE: UOL/NOTÍCIAS (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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