Cúpula de Durban chega a acordo após maratona de negociações

11/12/2011 06:47

 

A 17ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17), na África do Sul, aprovou neste domingo (11) estender o Protocolo de Kyoto após 2012 e fixar uma Mapa de Caminho para um acordo global de redução de gases do efeito estufa.

O acordo foi adotado após duas semanas de árduas conversas e uma maratona de negociações na última hora que obrigou a prorrogar a cúpula em mais de 24 horas.

O pacote também inclui a criação do Fundo Verde para o Clima estipulado em Cancún (México) que deve ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar os estragos da mudança climática.

A presidente da COP17, a ministra sul-africana Maite Nkoana-Mashabane, disse em discurso ao plenário que a minuta de acordo "cumpre todos os requisitos de um pacote de compromisso para conseguir um resultado importante em Durban", embora tenha admitido que "não é perfeito, porque o perfeito é inimigo do bom".

O acordo global para reduzir os gases do efeito estufa, que deve ser adotado em 2015 e entrar em vigor em 2020, era a condição imposta pela União Europeia (UE) para se somar a um segundo período do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Rússia, Japão e Canadá decidiram não fazer parte deste segundo período de compromisso do único tratado vigente sobre redução de emissões, que obriga apenas as nações industrializadas, exceto os Estados Unidos.

Embora os acordos alcançados tenham sido criticados por muitos países em desenvolvimento por sua falta de ambição na hora de aprovar novas reduções de emissões, seu objetivo é manter a alta de temperaturas a menos de 2 graus em relação à era pré-industrial até o final deste século.

A cúpula de Durban também aprovou o mecanismo de funcionamento do Fundo Verde para o Clima, que prevê ajudas de US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 aos países em desenvolvimento para enfrentarem a mudança climática.

Os acordos foram adotados pelos delegados após duas noites praticamente em branco, nas quais as diferenças entre UE, EUA, Índia e China estiveram a ponto de fazer a negociação fracassar.

FONTE: IG/ÚLTIMO SEGUNDO/EFE (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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