De volta com mesmo show de 2010, Paul McCartney diz no Rio que agora é jogador da seleção brasileira de futebol

23/05/2011 05:07

 

 

Seis meses depois de se apresentar em Porto Alegre e São Paulo, Paul McCartney parece ter arrumado um novo motivo para estar no Brasil. "Agora estou jogando na seleção brasileira. É oficial", ele disse mostrando a camisa número 10 com seu apelido, "Macca", cravado nas costas. A peça, arremessada no palco por um fã, apareceu no encerramento do primeiro de dois shows no Rio de Janeiro, onde ele não se apresentava há 21 anos.

 

Mas Paul já revelou em entrevistas passadas não ser um verdadeiro entusiasta do futebol. O motivo que o traz de volta ao Brasil é mais uma etapa da turnê "Up and Coming", dessa vez com exclusividade no Rio de Janeiro. E neste primeiro show no Estádio João Havelange (Engenhão), na noite deste domingo (22), Paul fez uma retrospectiva de sua trajetória em mais de 30 canções, desde a época dos Beatles, passando por sua carreira solo e seus projetos Wings e The Fireman.

 

Quem assistiu ou leu sobre o show de Paul no Brasil no ano passado vai recordar o repertório, que sofreu poucas alterações em sua continuidade. A principal mudança vem logo na abertura, que antes variava entre "Venus and Mars/Rock Show" e "Magical Mystery Tour", e agora aparece com o clássico de 1967 dos Beatles "Hello, Goodbye", que às 21h45 rasgava a noite no Engenhão.

 

Recém-noivo da socialite Nancy Shevell, Paul também excluiu de seu show a balada "My Love", sua declaração de amor para Linda, a quem ele chamou de "minha gatinha" nos shows passados e dedicou aos namorados presentes em sua plateia. "Highway", do último disco de seu projeto Fireman, também foi deixada de lado.

 

Neste show, perfeitamente cronometrado e ensaiado, a plateia também reconhece frases como "hoje vou tentar falar português, mas vou falar mais inglês", antes de levar o público em "Drive My Car". Ou quando ele dedica canções às pessoas que fizeram parte de sua vida. Em "Here Today", ele conta que escreveu para "meu amigo John" e pede aplausos. A frase é adaptada para George, ao tocar "Something" no ukulele e abrir os braços quando a foto do ex-companheiro de banda aparece no telão ao fundo do palco.

 

McCartney brinca com a plateia, finge que está surdo com o barulho de explosões e fogos de artifício em "Live and Let Die", puxa coros em "Ob-La-Di, Ob-La-Da", arrisca dancinhas desajeitadas e faz exibições vocais, ainda que não exponha mais, aos 68 anos de idade, suas melhores performances. Ele transita entre um instrumento e outro (do baixo para a guitarra para o piano para o bandolim para o ukulele), e a competente banda que o acompanha --Rusty Anderson (guitarra), Brian Ray (guitarra e baixo), Paul "Wix" Wickens (teclados) e Abe Laboriel Jr. (bateria)-- está ali para servi-lo, sem excessos nem virtuosismos gratuitos.

 

O público de cerca de 45 mil pessoas também foi parte do show. Em coro, gritou "we love you yeah yeah yeah", numa adaptação de "She Loves You", na qual McCartney apontou para a multidão e prontamente repetiu os versos "we love you yeah yeah yeah". E completou o cenário jogando para o alto balões coloridos na dobradinha "A Day In The Life" e "Give Peace a Chance", e levantando placas com a sílaba "Na" para agregar ao refrão de "Hey Jude". "Isso foi muito legal", aprovou Paul.

 

O segundo e último show da turnê brasileira "Up and Coming" volta acontecer nesta segunda-feira (23) no mesmo local. Ainda há ingressos à venda apenas para o setor inferior oeste (R$ 340) pelo site www.ingresso.com. 

 

FONTE: UOL MÚSICA (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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