Faith No More encerra festival com bizarrices, flores e muita lama

15/11/2011 07:40

 

Depois de muita chuva, o público do último dia do SWU 2011  finalmente percebeu o poder dos elementos naturais, mas não por culpa das mensagens ecológicas passadas a cada minuto nos telões.

A culpa foi da água e da terra, que se aglomeraram em forma de lama, fazendo com que as pessoas deixassem de lado a preocupação com objetos mundanos, como sapatos e meias, para  se focar na música ora melódica, ora bizarra do Faith No More.

Em um show que começou de forma inesperada, graças a presença de um poeta pernambucano no palco (que declamou das suas e contou sua história de vida), logo Mike Patton e companhia apareceram trajando branco em um palco idem, rodeado de flores e tematizado como um espaço de candomblé.

Entre frases em um português quase fluente, que passavam do costumaz "boa noite" e "obrigado", tradicionalmente decorados por artistas gringos, Mike Patton soltou gritos, sussuros e incitou longos coros de palavras de baixa calão na língua de Camões.

Com uma presença de palco fora do comum, o Faith No More apresentou sons como "Easy", "Epic", "Evidence", "Midlife Crisis" e "Cuckoo for Caca", entre tantas outras, sempre acompanhado por um coro, que geralmente vinha da plateia, mas que em dado momento veio do palco. Isso porque Patton chamou o Coral da Orquestra de Heliópolos para cantar em "King for a day... Fool for a lifetime".

Após um longo show que foi (possívelmente) o melhor dos três dias de festival, muita gente pode reclamar que faltaram clássicos da banda (que possui seis álbuns de estúdio e costuma agradar os fãs com covers bem selecionados), mas isso deve ser culpa de Mike Patton e seu senso de humor relativamente sádico.

 

FONTE: UOL MÚSICA/OMELETE (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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