Governador do Ceará apoia manifestação, mas defende ação da polícia

20/06/2013 07:59

 

O governador do Ceará, Cid Gomes, defendeu a ação da Polícia Militar do estado no confronto iniciado na tarde desta quarta-feira nas imediações do Castelão, em Fortaleza, com milhares de manifestantes que protestaram contra os gastos públicos na realização da Copa das Confederações e na Copa do Mundo.

“A polícia não é minha, é do Estado do Ceará. Houve muitos avisos prévios de que se respeitaria (a manifestação). O movimento começou às 10 da manhã. Você viu que não houve nenhuma tentativa de impedir a manifestação. Temos outro papel, é complicado, temos 60 mil pessoas que compraram ingressos e tinham que chegar, centenas de profissionais que tinham de trabalhar. É papel do poder público garantir o acesso, colocaram barreiras e a partir disso não poderia passar”, disse o governador, ainda no Castelão, onde acompanhou o jogo da seleção brasileira contra o México.

Uma barreira do Choque da Polícia Militar foi montado a quilômetros do estádio por recomendação da Fifa, que sugere esse raio como limite para o bloqueio de qualquer pessoa sem ingresso para a partida do seu torneio. Uma garota de 19 anos teve fratura no braço direito por conta do confronto.

“Esse momento requer muita reflexão, principalmente aqui eu vou procurar a liderança do movimento para dialogar pela manifestação, para dar retorno a esse apelo popular. É próprio, é comum, papel da juventude de manifestar”, disse o governador cearense. “É importante que se respeite o direito dos outros, é legítimo, louvável, lutaremos por melhorias na saúde, educação. No Brasil, avançou muito, mas ainda está longe. Eu compreendo perfeitamente”, completou.

Pelo menos seis policiais ficaram feridos no confronto por conta de pedradas recebidas dos manifestantes. “A polícia é formada por pessoas, foi vítima também, pessoas que ficaram feridas por isso. Eu lamento, acho legítimo o direito da juventude se manifestar. Mas o direito de um tem de respeitar o do outro. Muita gente tinha de chegar. Com apoio da Fifa, polícia federal, exército e outros órgãos foi feito um bloqueio. Imagine um caso extremo se 5 mil invadissem o estádio”, disse, justificando o bloqueio aos manifestantes de forma truculenta.

FONTE: IG/ÚLTIMO SEGUNDO/CEARÁ (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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