GRÃO DE AREIA - Por Lúcio Damasceno Barroso

30/05/2011 09:29

 

 

Grão de areia

 

Grão de areia viajou

Nas asas de um vendaval

Em uma praia pousou

Debaixo de um temporal

 

Chegou num dia agitado

Mas sozinho ele ficou

Esperando um grão alado

Que dele se separou

 

Outros grãos foram chegando

Indo a ele se encostar

E foram juntos ficando

Para uma duna formar

 

Começou pequenininha

Sem ninguém quase notar

Um dia de tardezinha

Muitos grãos chegaram lá

 

A duna foi aumentando

E a cada dia crescia

O povo se entreolhando

Dia e noite, noite e dia

 

Caminhando pela praia

Em uma tarde sombria

Um menino soltava arraia

E outro na duna subia

 

Na água uma menina

Olhando pros dois sorria

Fazia um verso sem rima

E logo depois se sumia

 

A menina era uma sereia

E foi pros meninos cantando

Que de um grão de areia

Viu a duna se formando.

 

 

Poesia escrita por Francisco Lúcio Damasceno Barroso no “Paracuru de todos nós”, dia 5 de dezembro de 2010, às 02h00min da madrugada.

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