HOMENAGEM A ANTONIO SALES - Por Lúcio Damasceno Barroso

Homenagem a Antonio Sales

I

Nascido no Parazinho

Porem, nunca se formou

Ali construiu seu ninho

Nunca quis virar Doutor

II

Na sua infância brincava

Correndo juntinho ao mar

Toda tarde ele passava

Nas pedras ia pescar

III

Traçou plano pro futuro

Quando ainda era criança

Já se sentindo seguro

Guardou tudo na lembrança

IV

Quando se sentiu adulto

Vendo chegar a sua hora

Não perdeu nem um minuto

Resolveu logo ir embora

V

Viajou pra Fortaleza

Emprego foi procurar

Convivendo com a certeza

Vôo mais alto quis alçar

VI

Na política ele entrou

Em vez de ter estudado

Muita gente o apoiou

Logo virou Deputado

VII

Terminado seu mandato

Ele não o repetiu

Nunca mais foi candidato

Pegou navio e partiu

VIII

Foi pro Rio de Janeiro

A Capital Federal

Onde trabalhou primeiro

No Tesouro Nacional

IX

Muitos livros escreveu

Pra nossa Literatura

Muitos títulos recebeu

Engrandeceu a Cultura

IX

Na vila de pescadores

Que virou Paracuru

Ele fez versos de amores

Olhando pro mar azul

X

Partiu o nobre escritor

Poeta quase perfeito

Que a todos encantou

Com o seu “Ninho Desfeito”.

Poesia escrita por Francisco Lúcio Damasceno Barroso, no Paracuru de todos nós, no dia 23 de fevereiro de 2009 – às cinco horas de uma manhã chuvosa de segunda-feira de Carnaval, em homenagem aos 70 anos da morte do grande poeta nascido no Paracuru, Antonio Sales.