Irã pode interromper venda de petróleo por causa de sanções, diz ministro

24/10/2012 06:35

 

O governo de Mahmoud Ahmadinejad disse nesta terça-feira que pode interromper as exportações de petróleo se países ocidentais resolverem aumentar as sanções contra o Irã. Um ministro iraniano afirmou ainda que o país possui uma medida de contingência para sobreviver sem a receita do principal produto de sua economia.

"Se as sanções se intensificarem, vamos parar de exportar petróleo para o mundo", disse o ministro do Petróleo, Rostam Qasemi, a repórteres em Dubai. "Preparamos um plano para administrar o país sem qualquer receita do petróleo", acrescentou.

O ministro indicou também que caso a medida seja tomada, os preços do barril de petróleo aumentariam imediatamente nos maiores mercados do mundo, uma vez que a maioria dos países ocidentais depende da exportação iraniana. "Se elas forem renovadas, nós partiremos para um 'plano B'", disse, sem especificar qual.

Após a declaração de Rostam Qasemi, o preço do petróleo deu um salto no mercado internacional nesta terça-feira. O barril atingiu o patar de US$ 89 (aproximadamente R$ 174). Os conflitos no Líbano entre seitas muçulmanas a respeito da guerra civil na Síria também contribuíram para a alta dos valores.

Alta do rial

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou no início de outubro que as nações ocidentais, em especial os Estados Unidos, são os responsáveis pela forte desvalorização da moeda iraniana. Na última semana, o rial atingiu o seu menor valor com relação ao dólar na história do país. O ministro das Indústrias, Mehdi Ghazanfari, acusou "especuladores" pela queda.

Em resposta às acusações, autoridades ligadas ao governo de Washington disseram que a desvalorização da moeda é reflexo das fortes sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos para minar o programa nuclear comandado por Ahmadinejad.

"Nós não vamos desistir do nosso programa nuclear", afirmou o líder iraniano em uma coletiva de imprensa em Teerã. "Se alguns países pensam que podem pressionar o Irã, eles estão completamente errados e precisam mudar de comportamento".

FONTE: IG/ÚLTIMO SEGUNDO/MUNDO/REUTERS/AFP (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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