Israel autoriza convocação de 30 mil reservistas após fogo cruzado em Gaza

16/11/2012 07:58

 

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, autorizou nesta quinta-feira (15) a convocação de 30 mil reservistas para “estarem preparados” caso sejam mobilizados para atuar na Faixa de Gaza. O fogo cruzado tomou conta da região desde a última quarta-feira quando o chefe militar do Hamas, Ahmed Jabari, foi assassinado por forças israelenses. Os ataques aéreos já mataram 15 palestinos e três israelenses.

Militantes palestinos na Faixa de Gaza lançaram foguetes que atingiram o sul de Israel nesta quinta-feira, deixando três mortos, e também a área metropolitana de Tel Aviv. É o primeiro ataque a Tel Aviv desde 1991. Um porta-voz das Forças Armadas israelenses afirmou que os mísseis não conseguiram atingir a cidade ou sua região metropolitana. Um deles, segundo o mesmo porta-voz, teria caído no mar.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, avisou que “Israel está preparado para fazer o necessário para proteger seus cidadãos”. O Hamas declarou que "ao assassinar Jabari, Israel abriu as portas do inferno". Um dos líderes do grupo militante, Izat Al Rishk, afirmou que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, "decidiu cometer crimes de guerra para elevar suas chances nas eleições".

O Exército israelense informou ter atingido 156 alvos em Gaza, dos quais 126 eram bases de lançamento de foguetes. Segundo os militares, 200 projéteis caíram em Israel desde o início da operação, sendo 135 a partir da meia-noite de quarta-feira.

O sistema israelense de interceptação, que identifica os foguetes direcionados para áreas povoadas, derrubou 18 projéteis nas primeiras horas do segundo dia da operação denominada Pilares da Defesa, de acordo com um informe oficial.

Segundo a polícia israelense, as três vítimas registradas nesta quinta-feira morreram quando um foguete atingiu um prédio de quatro andares na cidade Kiryat Malachi, cerca de 25 quilômetros ao norte do território palestino.

O governo egípcio condenou a ofensiva israelense e chamou de volta seu embaixador em Israel. O embaixador israelense deixou o Cairo, mas a viagem foi qualificada como visita rotineira a seu país de origem e o governo de Israel afirmou que sua representação no Cairo permaneceria aberta.

No Líbano, o grupo Hezbollah, milícia xiita apoiada pelo Irã, qualificou os ataques israelenses a Gaza como "agressão criminosa" e pediu para que os Estados árabes "parem o genocídio".

Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou na quarta-feira com Netanyahu e o presidente egípcio, Mohamed Mursi. Segundo a Casa Branca, ele reiterou o apoio americano ao direito de autodefesa de Israel diante dos ataques de foguete da Faixa de Gaza, mas pediu "todo o esforço" para evitar vítimas civis. "Os dois concordaram que o Hamas precisa parar com os ataques contra Israel para permitir que a situação se acalme", disse o governo dos EUA, em comunicado.

"O presidente também conversou com o presidente Mursi, considerando o papel central do Egito na preservação da segurança regional", disse a nota.

O comunicado da Casa Branca afirma ainda que Obama e Mursi concordaram quanto à importância de "trabalhar para acalmar a situação o mais rápido possível" e permanecerão em contato estreito nos próximos dias.

O Egito, um dos dois países árabes com acordo de paz com Israel, desempenhou um papel importante nos últimos anos ao obter a suspensão de hostilidades entre Israel e os militantes do Hamas, que governam a Faixa de Gaza.

FONTE: IG/ÚTIMO SEGUNDO/MUNDO/REUTERS/AP/EFE (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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