Kim Jong-un nomeado 'comandante supremo' pelo jornal oficial norte-coreano

25/12/2011 07:07

 

O jornal do Partido Comunista norte-coreano anunciou, neste sábado, a nomeação do novo líder, Kim Jong-un, 'comandante supremo' do exército, em um novo passo do processo de sucessão de seu falecido pai, Kim Jong-il.

"Vamos promover o camarada Kim Jong-un ao posto de comandante supremo e general", noticiou o Rodong Sinmun, órgão oficial do poder norte-coreano, em editorial.

Foi a primeira vez que a imprensa oficial usou a expressão "comandante supremo" para se referir a esse jovem de menos de 30 anos de idade que já ascendeu ao grau de general de quatro estrelas. A expressão era usada anteriomente para se referir ao pai dele.

Nomeado na segunda-feira líder da Coreia do Norte pouco depois do anúncio da morte do pai, Kim Jong-il - chamado por seu povo de "querido líder" -, Kim Jong-un era conhecido até agora como "grande sucessor" ou "grande camarada".

"Camarada Kim Jong-un, ouça o chamado do povo que o convoca como comandante supremo e o quer para conduzir a Coreia de Kim Il-sung a uma vitória eterna", acrescentou o jornal oficial.

"Isso demonstra que Jong-un já controla bem o exército e a Coreia do Norte o está anunciando ao mundo extreior", disse à AFP Kim Yong-Hyun da Universidade Dongguk de Seul.

"Também nos leva a pensar que a Coreia do Norte continuará com sua política de Songun", que considera prioritários os aspectos militares, acrescentou.

Além de general de quatro estrelas, Jong-un também é vice-presidente da todo-poderosa Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, duas promoções obtidas em setembro de 2010, no âmbito do processo de sucessão lançado por seu pai.

Ele representa a terceira geração dos Kim no poder na Coreia do Norte, fundada por seu avô, Kim Il-sung.

Após a morte de Kim Jong-il, ocorrida no sábado, mas mantida em segredo até a segunda-feira, foi decretado luto de 13 dias. Este período terminará no dia seguinte ao enterro do ex-dirigente, previsto para o próximo dia 28.

Desde o anúncio da morte do 'querido líder', a televisão norte-coreana tem exibido imagens de multidões de civis e militares dilacerados pela dor, inclinando-se diante de fotos e estátuas do falecido ou em frente ao seu corpo, que repousa em um caixão de vidro no mausoléu de Pyongyang.

A transição do poder parece, no momento, que está sendo realizada sem maiores sustos.

Os Estados Unidos, Coreia do Sul e China parecem desejar um processo de transição estável, pelo temor da desestabilização da península coreana.

Os meios de comunicação estatais indicaram o sábado que a "afetuosa proteção" que Kim Jogn-il dava à sua população ainda dura, após a sua morte.

Assim, segundo o Rodong Sinmun, as autoridades distribuíram peixe fresco, um alimento pouco comum na Coreia do Norte, aos habitantes da capital, como tinha ordenado o ex-líder na véspera de sua morte, dia 17 de dezembro.

"Vendedores e cidadãos choraram nas lojas da capital na sexta-feira", noticiou o jornal.

FONTE: YAHOO NOTÍCIAS/MUNDO/AFP (CLIQUE AQUI para redirecionar)

 

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