Lenovo chinesa quer suplantar Apple e Samsung

03/02/2014 19:28

 

A atenção norte-americana, dispensada ao caso, é bem explicável, já que tal negócio poderá vir a ser a maior aquisição chinesa feita no setor tecnológico dos EUA. Enquanto isso, a Lenovo acabou por definir planos em relação à Motorola. A companhia chinesa, sob esta marca, irá disputar o terceiro lugar no mercado de smartphones após a Apple e a Samsung.

A Lenovo tem planos de larga escala. Agora, à espera de inspeções da parte do regulador norte-americano, esta empresa chinesa contratou advogados de renome mundial que antigamente tinham trabalhado para a CIA e o governo dos EUA.

Todavia, é pouco provável que o contrato seja posto em causa, consideram peritos. No final de janeiro, a Lenovo comprou a Motorola Mobility ao consórcio Google por 3 bilhões de dólares, o que não custa muito para uma companhia dessa dimensão. Há três anos, o Google havia adquirido a Motorola por uma soma quatro vezes superior. É verdade que, desde então, o sistema de busca não desenvolveu quaisquer projetos com a Motorola, a qual não se viu rentável.

Uma brusca diminuição do preço da Motorola se deu por outras razões, constata Eldar Murtazin, analista-chefe da Mobile Research Group:

“A Motorola Mobility foi adquirida pelo Google por motivo de licenças comerciais. Na altura da assinatura do contrato, as licenças eram avaliadas em 5,5 bilhões de dólares e o próprio negócio – em 12,5 bilhões. De fato, não foram pagos 4 bilhões, pelo que três bilhões constituíram o “cash” da Motorola e um bilhão foi gasto para pagamentos tributários. Outros sucessos, como uma parte de projeções tecnológicas disponíveis ainda na posse da Motorola, não serão vendidos à Lenovo.”

Entretanto, cerca de duas mil licenças passarão a pertencer à empresa chinesa. Assim, mediante a Motorola, a Lenovo, produtora de computadores, terá acesso ao mercado de smartphones, adianta a mesma fonte, contatada pela Voz da Rússia:

“Para a Lenovo é importante entrar no mercado americano. Hoje, a empresa não tem possibilidades para que tal aconteça, já que a distribuição de computadores tem sido diferente da dos celulares. Por isso, para a Lenovo esta será uma boa oportunidade de se implantar no mercado norte-americano, o segundo no mundo após o mercado chinês.”

Há dias, a Lenovo fez um anúncio oficial dos seus planos de se tornar um terceiro produtor de smartphones no mundo. Convém realçar que esta companhia, apesar de desenvolver altas tecnologias, se limita à produção de celulares comuns. Mas a companhia pretende ultrapassar os líderes nesse segmento – a Apple e a Samsung. Para poder conquistar o mercado, a Lenovo precisa de uma linha estratégica bem definida, devendo enfrentar muitas dificuldades nessa via, sustenta Denis Kuskov, chefe da agência analítica Telecomdaily:

“O mais importante será o processo de entrada da Motorola na estrutura geral. Poderá a companhia promover duas marcas comerciais (o que é bem problemático) ou irá apostar na marca comercial conhecida Motorola, ainda não se sabe. O segundo aspeto se prende com o regresso da Motorola para o mercado mundial e não só para o mercado dos EUA. Um fator mais importante, neste caso, serão eventuais inovações, dado que os atuais líderes – a Samsung e a Apple, estão mantendo a liderança devido às inovações tecnológicas e à respectiva demanda que se formou por essa razão.”

Na ganância pela liderança, a Lenovo e a Motorola terão de oferecer um produto exclusivo para não se tornarem concorrentes dos produtores de “segunda linha”. A empresa chinesa tem procurado iniciar novas projeções, enquanto as empresas de segmento médio, como a Nokia, a HTC e a LG, têm vindo a intensificar a luta concorrencial entre si.

FONTE: RÁDIO A VOZ DA RÚSSIA (CLIQUE AQUI para redirecionar)

 

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