Novo governo espanhol tem desafio de combater crise e desemprego

21/11/2011 06:39

 

Após as pesquisas de boca-de-urna na Espanha indicarem a vitória do conservador Partido Popular (PP), de Mariano Rajoy, a vice-secretária de organização da legenda, Ana Mato, afirmou que a partir de agora o país terá que lutar contra o desemprego e a crise.

"Começará uma nova etapa a partir desta segunda-feira, onde o único objetivo será vencer a crise e o desemprego," afirmou à imprensa após a pesquisa de boca-de-urna divulgada pela rede pública TVE, que mostrava o PP com 43,5% dos votos, frente a 30% do rival PSOE.

A Espanha, que tem uma dívida de 179% do seu Produto Interno Bruto (PIB), terá pela frente períodos de ajustes fiscais e crescimento mais lento. Segundo o artigo "O ajuste mais duro está por vir", publicado neste domingo no jornal espanhol El País, o governo terá que conseguir cortar seus gastos em pelo menos 18 bilhões de euros em 2012.

O artigo faz uma comparação com a situação anterior do país, quando na liderança de José Luis Rodriguez Zapatero foram necessários cortes de 15 bilhões de euros em dois anos, o que já exigiu o congelamento de pagamentos de previdência e pensões, o corte de salários e outras medidas de austeridade.

Na última semana, a situação da Espanha trouxe novas preocupações aos mercados financeiros globais, principalmente após a forte alta nos juros pagos por seus títulos. Em uma emissão de novos papéis, na quinta-feira passada, o Tesouro do país assumiu o compromisso de pagar de 7,088% ao ano, nível que levou outros países a pedirem ajuda às autoridades europeias. 

A alta dos juros veio logo depois da notícia de que a previsão de crescimento da economia do país, que era de 1,3% neste ano, não será cumprida. O governo afirmou que o avanço deve ser de 0,8%.

No último sábado, Rujol Rajoy fez um apelo aos mercados para que o dessem uma chance para ele demonstrar que pode enfrentar a crise econômica. "A taxa de risco está em um nível muito ruim. Espero que isso acabe e eles (os atores no mercado) entendam que aqueles que vão ganhar as eleições têm direito a uma margem mínima, que deve ser mais de meia hora", disse.

FONTE: IG/ECONOMIA (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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