Operação para reparar danos de raios é iniciada no Cristo

22/01/2014 08:07

 

Rio - Os estragos causados por um raio que atingiu o Cristo Redentor na noite de quinta-feira começaram a ser reparados ontem. Técnicos especializados em rapel e alpinismo, contratados pela empresa Cone Construções e Engenharia, responsável pelas obras, levarão entre três e quatro semanas para repor placas de pedra-sabão, que se soltaram da ponta do dedo médio e polegar da mão direita, e do alto da cabeça da estátua, por causa do impacto causado pela descarga elétrica. O principalcartão-postal do Rio, que atrai 12 mil turistas por dia, não será fechado neste período.

Também estão entre as intervenções de emergência a instalação de mais três para-raios — um em cada extremidade das mãos e outro no topo da cabeça. De acordo com o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar Raposo, os serviços imediatos fazem parte de um pacote de obras de manutenção que serão executadas até dezembro e custarão R$ 1,9 milhão. Os recursos serão financiados pela Pirelli, graças a um acordo entre a fabricante de pneus e a Arquidiocese do Rio.

“Nesse pacote também está prevista a reforma da capela de Nossa Senhora Aparecida (localizada no pedestal do monumento); o revestimento de proteção da manta catódica (processo de controle contra a corrosão de metais, tubulações e estruturas) e a restituição de todo o sistema de informática, queimado também pelo raio, e que transmitia missas online, além de outros pequenos reparos”, ressaltou Omar Raposo, lembrando que, em março de 2013, outro raio já havia caído na mão direita do Cristo.

De acordo com o engenheiro-chefe da empreitada, Clézio Dutra, os especialistas em restauração terão dupla proteção para trabalhar a cerca de 748 metros de altura — contanto com o tamanho da montanha do Corcovado (710 metros) e mais os 38 metros do monumento.

“Além de todos os equipamentos de proteção e cabos de aço, eles também serão sustentados por cordas especiais, ultra-resistentes”, comentou Clézio, revelando que, pela primeira vez, os trabalhos serão acompanhados de perto por integrantes do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) de Lisboa, Portugal.

“Eles querem saber detalhes das técnicas que fazem com que um monumento de 1.145 toneladas e 83 anos ainda se mantenha com uma estrutura tão perfeita”, justificou, orgulhoso, o engenheiro, que em 2010 também conduziu a reforma geral do Cristo Redentor. Em 2010, as obras, orçadas em R$ 7 milhões, foram bancadas também pela iniciativa privada e pelo estado.

Na quinta, 1.109 raios assolaram o Rio, de acordo com Osmar Pinto Júnior, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). Por ano, entre três e cinco atingem o monumento.

Detalhes do trabalho

Pela primeira vez, os trabalhos serão acompanhados de perto por integrantes do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) de Lisboa, Portugal. “Eles querem saber detalhes das técnicas que fazem com que um monumento de 1.145 toneladas e 83 anos ainda se mantenha com uma estrutura tão perfeita”, justificou, orgulhoso, o engenheiro, que em 2010 também conduziu a reforma geral do Cristo Redentor. Em 2010, as obras, orçadas em R$ 7 milhões, foram bancadas também pela iniciativa privada e pelo estado.

Paolo Dal Pino, presidente da Pirelli para a América do Sul, afirmou que “é uma honra para a companhia contribuir com a reforma do símbolo da cidade” e que o acordo marca os 85 anos de presença da empresa no país.

Durante vistoria para o início das obras, que serão realizadas antes e depois dos horários de visita, técnicos falaram da emoção de trabalhar na estátua. “Já escalei o monumento outras vezes. Mas cada uma tem emoção diferente. Sempre dá um frio na barriga”, contou Francisco Rodrigues.

FONTE: IG/O DIA/RIO (CLIQUE AQUI para redirecionar)

Voltar

Pesquisar no site

© 2011 Todos os direitos reservados. OBJETIVA AUDIO