Para Lula, Dilma não vai reduzir número de ministérios do governo

24/07/2013 08:04

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde desta terça-feira (23) que “acha” que a presidente Dilma Rousseff não irá reduzir o número de ministérios do governo federal, apesar da pressão de partidos da própria base aliada. A ideia partiu do PMDB, que pretende apresentar um projeto de emenda constitucional que diminuiria de 39 para 25 o número de pastas.

“Eu estou vendo que tem gente ai pedindo para a Dilma reduzir ministérios. Vocês fiquem espertos porque ninguém vai pedir para acabar com o Ministério da Fazenda. Ninguém vai pedir para acabar com Ministério da Defesa. Eles vão querer acabar com a Secretaria da Igualdade Racial, eu acho que a Dilma não vai mexer”, disse durante palestra no Latinidades 2013, festival da mulher afro-latino-americana e caribenha , em Brasília.

A afirmação foi feita pouco tempo depois de Lula tentar evitar dar “pitaco” na administração da colega petista. Isso porque, quando chegou ao evento, foi questionado pelos jornalistas sobre o mesmo assunto e desconversou. “Saí do governo há dois anos e sete meses, portanto isso não é assunto meu”, disse.

PEC dos ministérios

Na última quinta-feira (18), o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), anunciou que completou as 171 assinaturas necessárias para apresentar uma PEC que reduz de 39 para 25 o número de ministérios do governo federal. Ele pretende entregar o projeto no mês que vem, logo que o Congresso voltar das férias. A redução no número de ministérios é uma ação que atinge diretamente o governo da presidente Dilma, que usa as quase quatro dezenas de ministérios para abrigar os partidos aliados, entre eles o próprio PMDB.

O ataque dos peemedebistas ao número de ministérios não é exclusividade do líder Eduardo Cunha. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também afirmou que já levou à presidente Dilma a sugestão para que sejam extintos 14 ministérios, ficando o governo com os 25 sugeridos na PEC de Cunha.

O partido, que tem Michel Temer na Vice-Presidência, decidiu encampar também a bandeira contrária ao financiamento público de campanhas, uma das principais do PT, propalando a tese de as doações continuarem sendo privadas, mas restritas a partidos políticos.

FONTE: IG/ÚLTIMO SEGUNDO/POLÍTICA (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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