Presidente do Atlético-MG esnoba reunião com Globo: “Se soubesse o que é, nem iria”
09/08/2014 10:02O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, não parece muito preocupado com a reunião convocada pela TV Globo para discutir os rumos do futebol nacional com os clubes da Série A. A emissora, dona dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, convidou presidentes para discutir a situação. Kalil afirmou ao R7 que desconhece a pauta.
— Eu não sei o que é [a reunião]. Se soubesse, nem iria.
Segundo Kalil, o baixo nível técnico da competição é culpa do canal. O presidente questionou nesta sexta-feira (8) a fórmula de pagamento por cotas de transmissão aos times. Para o cartola, a emissora está fragilizada com os recordes negativos de audiência e contribuiu para a falência do futebol brasileiro ao privilegiar clubes do eixo Rio-SP.
— A audiência está despencando. Eles estão se f...
De acordo com o levantamento da consultoria esportiva BDO, Flamengo e Corinthians recebem R$ 110,9 milhões e R$ 102,5 milhões pelas cotas de TV. Eles são seguidos por Palmeiras (R$ 76,3 mi), São Paulo (R$ 72,3 mi) e Atlético/MG (R$ 71,3 mi).
A mudança sugerida na fórmula do Campeonato Brasileiro — a volta do sistema de mata-mata — é classificada pelo presidente do Galo como "besteira". Kalil, no entanto, preferiu não entrar em detalhes sobre a ideia.
Com o fracasso do Clube dos 13 em 2011, as equipes passaram a negociar individualmente os contratos de direitos de transmissão. O faturamento cresceu com o novo modelo, mas a concentração de receita também. Com isso, Kalil aponta para uma “espanholização do futebol brasileiro”. Na Espanha, Barcelona e Real Madrid venceram nove dos últimos dez campeonatos nacionais.
No último domingo (3), Corinthians e Flamengo registraram as piores marcas de audiência do futebol da Globo. O fraco empate sem gols entre Coritiba e Corinthians registrou 13 pontos para a emissora no Ibope — cada ponto equivale cerca de 62 mil domicílios sintonizados em São Paulo. No mesmo dia, a partida entre Flamengo e Chapecoense somou apenas 17 pontos. Cada ponto representa 38 mil domicílios no Rio.
FONTE: R7 (CLIQUE AQUI para redirecionar)
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