Sem acordo com governo, segue a greve dos professores

05/08/2012 08:03

 

Em greve há 80 dias, os professores das universidades e dos institutos federais de ensino superior continuam sem perspectiva de volta às aulas.

 

Na sexta-feira (3), a Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) aceitou a proposta do governo, que prevê reajustes de 25% a 40% até 2015 e diminuição do número de níveis de carreira de 17 para 13. O fechamento do acordo significou o fim das negociações por parte do governo.

 

Mas outras três entidades, o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e a Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) recusaram-se a firmar acordo e mantêm a paralisação.

 

Entidade não representa maioria dos docentes

 

Com a aceitação da oferta governamental pelo Proifes, ficou evidente o racha na base sindical. Para a presidenta da Andes-SN, Marinalva Oliveira, o governo não foi coerente.

 

- Para nossa indignação, entre quatro entidades, só uma manifestou ter aceitado, e o governo anunciou que as negociações estavam encerradas, de maneira unilateral, suspendeu qualquer tentativa de acordo - afirmou.

 

O coordenador-geral do Sinasefe, Gutemberg Almeida, também discorda da proposta apresentada e classificou de “intransigente” a atitude do governo ao encerrar as negociações.

 

- O governo assinou o acordo com uma entidade que não representa a maioria dos docentes. O governo ignora a categoria. Não estamos de acordo com essa postura - disse Almeida.

 

Números da paralisação

 

Dados do Andes-SN e do Sinasefe indicam que a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica, entre eles o do Ceará (IFCE). O Proifes representa 7 universidades federais e 1 instituto técnico. No entanto, cada entidade tem autonomia para decidir pela continuidade da greve, independentemente de acordo firmado.

 

A expectativa da entidade é realizar assembleias na próxima semana, para decidir se os professores voltam ao trabalho.

Segundo a secretária adjunta de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós, ainda é cedo para falar em novas propostas, caso a greve continue.

 

- Vamos monitorar os próximos dias muito atentamente. Qualquer avaliação é prematura agora, mas não queremos subestimar a situação - disse Marcela.

 

FONTE: CNEWS/AGÊNCIA BRASIL (CLIQUE AQUI para redirecionar)

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