Temor de calote dificulta crédito para financiar carros

12/04/2012 07:45

 

Com o aumento da inadimplência, os bancos de montadoras freiam a concessão de crédito e projetam um ano de 2012 com crescimento mais fraco dos empréstimos para financiar a compra de veículos.

 

A expectativa é que as taxas de inadimplência, depois do salto que deram desde o fim do ano passado, subam mais um pouco até o fim deste semestre. Depois, devem se estabilizar, mas em um nível mais alto. O indicador para atrasos acima de 90 dias encerrou fevereiro em 5,5%, aumento de 2,7 pontos em 12 meses, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).

 

Nesse cenário, bancos de grandes montadoras, como a Volkswagen, estão mais cautelosos no crédito. "Está mais difícil aprovar novos empréstimos", afirma o gerente de marketing e novos negócios do Banco Volkswagen, Marcos Ferreira.

 

Nos três primeiros meses de 2011, a instituição aprovava cerca de 65% das propostas de empréstimo recebidas das concessionárias. No primeiro trimestre deste ano, caiu para 50%, por causa do temor de calotes.

 

A taxa de inadimplência no financiamento de automóveis da instituição, considerando os atrasos acima de 90 dias, subiu de 2,7% para 4%. "É normal, diante disso, que o banco fique mais cauteloso", destaca Ferreira. Como reflexo da postura mais conservadora, a carteira de crédito do banco deve crescer menos. Após se expandir 19% em 2011, a projeção é que o índice fique em 12% este ano.

 

A cautela de alguns bancos foi redobrada após o episódio do Banco Votorantim, instituição forte no financiamento de veículos, que no segundo semestre do ano passado viu suas taxas de inadimplência dispararem. O banco teve de aumentar as provisões para devedores duvidosos e passou a registrar prejuízos.

 

Com os resultados ruins, o Banco do Brasil, dono de metade do BV, começou a reestruturar o negócio, mudando processos e aumentando o rigor na aprovação do crédito. Outra mudança é que o BV passou a focar mais no financiamento a carros novos, segmento de menor risco que os usados.

 

FONTE: CNEWS (CLIQUE AQUI para redirecionar)

Voltar

Pesquisar no site

© 2011 Todos os direitos reservados. OBJETIVA AUDIO