Um Facebook mais mobile e visual

Na compra do aplicativo de fotos Instagram, o Facebook pagará um preço considerado alto pela startup, que era avaliada pela metade do preço – US$ 500 milhões.

Contudo, a aquisição pode ter uma grande importância em uma área na qual o Facebook ainda é deficitário – mobile.

O Facebook é uma empresa que pensa pouco em mobile e menos ainda em uma internet device agnostic. Apesar de ter milhões de usuários, está posicionada para a internet em seu estado atual e não para o seu futuro (internet onipresente em dispositivos e objetos).

O Instagram poderá adicionar essa dinâmica mobile ainda ausente no Facebook.

Ao que tudo indica, há algo a mais na aquisição além da questão mobile. O compartilhamento de fotos é cada vez mais importante para o Facebook. Dê uma olhada em sua linha do tempo na plataforma de rede social. Bem provável que, de cada cinco mensagens, quatro sejam visuais.

São 250 milhões de imagens publicadas por dia no Facebook. Mais de 70% das atividades feitas pelos usuários no Facebook giram em torno de fotos. É conteúdo visual que não acaba mais.

Para o Instagram, a aquisição era iminente. O aplicativo de fotos virou uma plataforma de sucesso, mas não um negócio. O caminho mais certo era ser comprado por uma empresa maior.

Quanto ao suposto valor que será pago (US$ 1bilhão), o Instagram está naquela fase em que o valor de uma empresa é fixado bem mais pelo que pode vir a ser do que em receitas e lucros reais.

Se a aquisição indica algo em um contexto maior, é que a web está cada vez mais visual e mobile. Não somente a popularização e posterior compra do Instagram mostra isso, mas o próprio crescimento do Pinterest, outra plataforma de rede social pautada por imagens.

A união entre mídia e tecnologias (mobile/aplicativos) está criando novas formas de criar e consumir conteúdo visual. A compra do Instagram pelo Facebook é mais um capítulo desta história.

FONTE: IG/TIAGO DÓRIA WEBLOG (CLIQUE AQUI para redirecionar)