Uma Rússia que encolhe e olha para dentro

04/12/2011 07:36

 

Depois de séculos de expansão imperial, a Rússia é um país que encolhe, e rápido. No cenário mundial, a ex-superpotência luta para falar de igual para igual com os EUA, a Europa e a nova China. Dentro das suas fronteiras, vê a sua população diminuir em quase um milhão de pessoas por ano.

Na área militar, não consegue impedir que os EUA criem bases militares onde até 1991 era território soviético na Ásia Central. Na economia, o sucateamento da indústria deixa o país à mercê das flutuações do petróleo.

Esse panorama difícil é descrito no livro "Post-Imperium: a Dinâmica da Antiga Eurásia Soviética", de Dmitri Trenin. Ex-oficial do Exército vermelho, ele dirige hoje o Centro Carnegie de Moscou, um dos mais importantes think tanks do país.

Trenin afirma que, para sobreviver no longo prazo, a Rússia precisa se modernizar. Para isso, argumenta, será necessário aproximar-se de países tecnologicamente avançados, como Estados Unidos, e priorizar o leste do país, fronteiriço com o dinâmico Leste Asiático.

O analista diz que a Rússia não tem forças próprias para se reerguer. Entre outros motivos, cita o desencanto da população com o Estado russo, assolado pela corrupção e excessivamente centralizado.

"Os russos aprenderam a priorizar suas vidas privadas e não se preocupar demasiado com temas como a cor da bandeira nacional, a delimitação de fronteiras ou a composição do governo", escreve Trenin. "Como num típico bloco de apartamentos, as casas são remobiliadas e estão bem conservadas; em contraste, a escada está suja e o elevador, defeituoso, e ninguém parece se importar".

VEJA GALERIA DE FOTOS E ENTREVISTA COM DIMITRI TRENIN NO REDIRECIONAMENTO - POR: FABIANO MAISONNAVE

FONTE: UOL/FOLHA.COM (CLIQUE AQUI para redirecionar)

 

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