Vôlei masculino vê Brasil buscando recuperação e Polônia e Rússia favoritos

O torneio masculino de vôlei nas Olimpíadas de Londres começa neste domingo e, enquanto o Brasil precisa se reafirmar como favorito, Polônia e Rússia despontam como fortes candidatos ao pódio olímpico. 

Na temporada que se comemora os 20 anos do primeiro ouro olímpico do vôlei masculino, de Barcelona 1992, a seleção brasileira busca a terceira conquista depois de ter acabado em sexto na Liga Mundial e ter visto a Polônia faturar a competição pela primeira vez. Já a Rússia ficou apenas em oitavo, mas usou um time reserva. Com os titulares, venceu o Brasil na Liga Mundial de 2011 e foi campeã da Copa do Mundo. A Polônia foi vice. Com isso, russos e poloneses ganham respeito em Londres.

No Brasil, se os resultados recentes forem comparados com todos os títulos da última década, o time vive um dos piores momentos sob o comando de Bernardinho. A última grande conquista foi o Campeonato Mundial, em 2010. Depois, além dos tropeços na Liga Mundial, conseguiu a classificação para Londres com o terceiro lugar na Copa do Mundo, no sufoco, vencendo o Japão no último jogo. 

Para os jogadores, os resultados servem de alerta. Segundo Bruninho, ficar fora da semifinal da Liga Mundial foi um tapa na cara. "Em 2004, chegamos com uma pressão grande, pois havíamos conquistado tudo desde 2001. Em 2012 é diferente. Não fizemos uma boa Liga Mundial, mas senti o grupo muito fortalecido depois da derrota. É bom porque passamos a comer a sopa pelas beiradas", afirma Ricardinho, que voltou nesta temporada à seleção depois de cinco anos afastado após o corte às vésperas do Pan-Americano de 2007.

Em Londres, o Brasil ainda está no chamado "grupo da morte". Além de encarar a Rússia, a seleção terá pela frente os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos que caíram com saída do levantador Lloy Ball, mas foram vice na Liga Mundial deste ano; a Sérvia, que pode ser perigosa mesmo sem contar com a estrela Milijkovic, que se aposentou nesta temporada e a Alemanha.

O primeiro jogo, às 18h (horário de Brasília) deste domingo, será contra o rival mais frágil da chave, a Tunísia. Ainda assim, Bernardinho é cauteloso. "Esta edição dos Jogos é uma das mais equilibradas de todos os tempos. A Rússia é uma forte concorrente ao ouro. Os Estados Unidos são sempre um adversário difícil de bater. A Sérvia é tradicionalmente um dos nossos grandes rivais. E a Alemanha, que, embora não tenha tanta tradição, se classificou vencendo Cuba e República Tcheca. Por isso, ninguém pode tropeçar contra a Tunísia", analisa o treinador.

Na outra chave estão Polônia, Itália, Argentina, Austrália, Bulgária e a dona da casa, a Grã-Bretanha. Avançam para as semifinais os quatro melhores de cada chave. Nesta fase, o primeiro de um grupo enfrentará o quarto do outro e os duelos entre segundos e terceiros serão decididos por sorteio. 

A preocupação de Bernardinho não é liderar a sua chave, mas avançar às finais. "Seu lugar na fase preliminar não vai importar tanto já que você vai ter um duro adversário nas quartas-de-final de qualquer maneira. Nosso primeiro objetivo é passar de fase e então pensar nos próximos passos no torneio", disse o técnico.

A filosofia é a mesma seguida pela Polônia. A vitória na Liga Mundial embalou, mas o técnico Andrea Anastasi prefere a calma e pensa apenas no primeiro rival em Londres. "Pelo bem do time estou focado apenas na Itália. Espero o mesmo pensamento dos meus jogadores", comenta o comandante, que é italiano. 

O torneio masculino de vôlei começa com Grã-Bretanha x Bulgária. O jogo do Brasil contra a Tunísia será o último do dia. Veja a agenda de domingo: 

Grupo A
5h30 - Grã-Bretanha x Bulgária
10h45 - Austrália x Argentina
16h - Polônia x Itália

Grupo B
7h30 - Rússia x Alemanha
12h45 - Estados Unidos x Sérvia
18h - Brasil x Tunísia

FONTE: IG/OLIMPÍADAS 2012 (CLIQUE AQUI para redirecionar)